segunda-feira, fevereiro 27, 2006

Aqui estou eu de novo,
a escorregar,
a deixar escapar
tudo aquilo que me mantém no lugar.
Gosto deste lugar,
mas também me mete medo
(não há nada aqui...)

A luz é linda,
mas eu sou escuridão,
não luz,
e tu és maravilhoso,
mas este momento é meu.

Encontro conforto aqui,
por saber o que está perdido.
A Esperança é sempre ter medo
do que a dor possa causar,
e procurei por uma razão para continuar
e tentei e tentei
mas estou a levar tanto tempo!
Acho que é melhor
fechar os meus olhos,
e Deus virá à minha procura
de noite...

Todo este pó,
Todo este passado,
Tudo isto acabado
e perdido e nunca vai voltar...
Tudo isto esquecido
mas não por mim.

Posso ver o meu rosto,
pareço pálida e plácida,
mas na verdade mal consigo respirar.
Consigo ouvir a minha voz
a cantar aquela música
e canto, e canto,
até que faça parte de mim...
"Ain’t nobody’s love that can help me,
'cause again and again and again you broke my heart..."

"The Gift"

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

O mal...

..não sou eu ou tu.
Somos os dois.
Somos todos.Já não há o manter. Isso já não nos satisfaz.
O que nos move são as conquistas.
As excitantes conquistas. As conquistas da novidade.

Quiseste me conquistar.
Eu fiz-me difícil. Disse-te que não queria nada para mim.
Fiz-te gastar dinheiro em longos telefonemas,
nos quais me tentavas conquistar.
Fiz-te lutar por mim.
Fiz-te tentar me agarrar e me beijar quase à força,
mas eu fugia, dissimulava,
escorregava enquanto me tentavas apanhar.Na curva.
Mas nessa altura era eu quem te conquistava.
Era tudo manobras para te conquistar.
Fugi-te, para me apanhares...
...e deixei-me apanhar,
enquanto pensavas que eu me tinha rendido.
Mas se me rendi, foi estratégia.

E conquistámos...
...mas perdemos a batalha.
E agora nada.

qualquer semelhança com o Brasil...

Todos nós sabemos que um dos principais problemas económicos no Brasil é a discrepância entre "muito ricos" e "muito pobres" (assim como noutro países africanos e asiáticos).

Ordem de notícias ontem no Telejornal de um canal qualquer:

-"Empresário Português (do Norte carago) vai desembolsar 170 mil euros para ser o primeiro português a fazer uma viagem espacial (viagem essa que vai ser em 2008 e que é organizada pelo patrão da Virgin)"

logo a seguir...

-"O número de carros penhorados (como bem mais fácil de identificar para penhora) em Portugal, aumentou em dois anos de 11ooo, para 70000(!), resultado da incapacidade dos portugueses em pagar os seus créditos."
Aliás, este ano as penhoras estão em grande, senão veja-se também a quantidade de casas que vão ser penhoradas ou por fuga fiscal ou por dívidas á contribuiçãob autárquica!Tudo bem, mdeidas que têm mesmo de ser tomadas, mas o Tuga já anda mal, nas lonas, vamos todos fod*-los ainda mais e penhorar o que lhes resta!

e logo imediatamente:

-"Portucel investe 500 milhões de euros em nova fábrica de papel, e pretende tornar-se o maior produtor de papel da Europa " (só um aparte...sim, é um investimento que a longo prazo irá beneficiar a economia portuguesa, mas esta mania de sermos os maiores na Europa...já a porra da árvore de Natal foi a mesma coisa! "Vamos ter um Natal miserável, com muita gente a endividar-se até ao pescoço, com a economia em crise, com o país a afundar-se, mas estamos felizes porque temos a MAIOR ÁRVORE DE NATAL DA EUROPA!"


e é para isto que a economia de Portugal está a avançar...
Qualquer dia , a malta cujas casas foram penhoradas, começam a montar barracas num lugar qualquer, e depois passamos a ter favelas em plena Lisboa e Porto e a andar todos aos tiros!
Mas já temos um português que foi ao espaço...tal como a a cadela Laika!

Familia boazonas

Na capa de uma revista qualquer masculina (perdoem-me por não me lembrar qual, também não é a minha especialidade), vi a Cinha e Pimpinha Jardim (mãe e filha), juntas, com ar de matadoras sexys, decotes sugestivos e cabelo ao vento...não consegui evitar de pensar em quantos trolhas (e outros que tais), devem comentar, ao ver aquela capa, coisas do género:
- epá (cuspidela para o chão), comia a mãe e a filha juntas!
M-E-D-O!!!!!!!

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

tipo anúncio de T.V.

Hoje aconteceu-me uma coisa engraçada. Daquelas coisas um pouco surreais, mas às quais acho sempre piada (como uma vez um maluco a dizer-me para eu ter cuidado porque da porta que estava atrás do lugar onde eu estava sentada costumavam sair dinossauros...).
Não sei porquê fez-me lembrar um mote para um anúncio publicitário de televisão.
Ía eu hoje de manhã, sentada no meu carrinho, a ouvir "last living souls" dos Gorillaz, no para/arranca habitual da 2ª circular,e a fumar um cigarrinho quando me apercebo pelo canto do olho que no carro do meu lado esquerdo,alguém gesticulava. Olhei... era um BMW daqueles, de 2005, lindo, enorme, enfim. Lá dentro, um senhor na casa dos cinquenta, de fato e gravata e com muito, mas muito bom aspecto, bonito até. Percebi que ele queria dizer qualquer coisa, mas não conseguia perceber. Abri a minha janela, ele abriu a dele e disse:" Olhe, não se importa de me arranjar um cigarro? "Isto meio em andamento, não estávamos totalmente parados.
A primeira coisa que me ocorreu foi "mas como? está a gozar comigo??", e fiz um olhar de espantada.
Pronto, ok, vamos tentar.
Peguei no cigarro, estiquei o braço para fora para atirar o cigarro para dentro do carro dele (ideia estapafúrdia!), começámos a abrandar ainda mais os 2 carros, a chegar os carros um ao outro, mas a coisa não estava a correr bem (até pq eu não queria arriscar-me a sequer tocar no BMW).
Comecei a rir, e o senhor também.
Assim que as filas de carros pararam(por breves segundos), o senhor puxou o travão de mão, tirou o cinto de segurança, abriu a porta, saiu e dirigiu-se á minha porta.
Dei-lhe o cigarro a rir. Os carros à nossa frente já tinham arrancado, e nós ali com os dois carros parados , a ocupar duas faixas da 2ª circular caótica.
"Desculpe a maçada, obrigado!", disse ele. Mais uma vez eu ri-me, " de nada".
Eu arranquei, o fulano atrás do senhor começa a apitar, e ainda o vi pelo retrovisor a entrar no carro e a arrancar também.
E tudo isto por um cigarro...mas o cómico foi a situação!Porque cada pormenor não joga muito bem...um senhor de BMW a cravar cigarros?? No meio do trânsito??? Parar o carro no meio da estrada e empatar o trânsito todo para ir buscar um cigarro ao carro do lado??
Muito surreal...mas muito engraçado!

Tristeza em Campo de Ourique

Achei, durante algum tempo, que as pessoas que moram em Campo de Ourique sofriam de males inimagináveis, depressões incuráveis, tristezas intermináveis e outros "áveis", porque sempre que ficava no meu carro parada no trânsito ou num sinal, via as pessoas a andarem na rua com o olhar colado no chão, cabisbaixos, atitude típica de quem não está muito feliz.
Descobri da pior maneira que afinal é uma obrigação andar com os olhos postos no chão, se não queremos levar para casa, colada ao sapato, uma nhanha mal-cheirosa deixada ali anteriormente por um qualquer incivilizado dono. Sim, porque a culpa não é do cão de certeza!
Mas é impressionante...falando estatisticamente, em cada metro quadrado de passeio, há uns 4 ou 5 "presentes" fedorentos...e as pessoas não só têm de andar com os olhos no chão, como também aos pulinhos e aos zigue-zagues. Uma verdadeira corrida de obstáculos!!

terça-feira, fevereiro 21, 2006

Sei de uma Camponesa

Sei de uma camponesa
Sem campo sem quintal
Que canta debruçada
Ao sol da seara
O trigo na cara
De suor tão debulhada

Sei de uma camponesa
Que dança à noite na eira
Perfumada de avenca e feno
Enfeitada de tomilho
E canta com a expressão
De quem vai ter um filho
Mesmo pelo coração

Sei de uma camponesa
Que nunca enche esta cidade
Nunca se senta à minha mesa
Nunca me leva à sua herdade
Para ouvir um trocadilho
Para tornar realidade

R.V.

Estou a precisar de um dia assim...

huuuuuuuuuuummmm...
acordar às 9h da manhã porque já não aguento o calor que está debaixo do edredon...espreguiço-me sentada na cama, enquanto dou bons dias ao Sol que me espreita pela janela (nunca durmo com as persianas fechadas...para acordar tenho de ver luz, senão acho que estou morta.)
O Tim, o meu cão, apercebendo-se que acordei pelos movimentos,vem atá ao pé da cama para me dar bons dias também, o que me faz sorrir.
O que primeiro me ocorre na cabeça: hoje não tenho qualquer obrigação! Não tenho horas, nada!
Levanto-me.Vou direitinha á varanda do quarto sentir o afagar do meu querido sol. Espreguiço-me outra vez.Vizinhos estão lá em baixo. Estão a olhar???? Invejosos...quem diz que é feio espreguiçar é um invejoso, é o que é!! Deviam experimentar.
Vou até á cozinha. Como uma barra de cereais e uma ameixa preta (não, não estou em dieta...é uma questão de gosto mesmo). A seguir tiro o meu cafezinho Nespresso na maravilhosa máquina que os meus queridos João e Justine me ofereceram no Natal. Cheio de espuma, e um sabor...hummmmm!!!
Tomo aquele duche da cabeça aos pés, visto uma saia daquelas bem leves e cómodas, um topzinho de alças, e umas havaianas (pode ser as minhas laranjas, que eu tanto gosto!)
Pego no Tim, e vamos passear!
A seguir telefono ao João e à Justine: como é meninos, vamos almoçar com o Sol??? Assim aproveito e faço a fotossíntese.
Um almocinho leve, numa esplanada na praia que até está com pouca gente. Como ainda não é Verão, o calor é q.b.! E está-se tão bem!!! Que bom não sentir nada...nem frio, nem calor.
O Sol e o Mar namoram, e como celebração vem aquele cheirinho tão bom a Mar.
São quatro horas da tarde.
Parto numa aventura de compras pelo Chiado, sem preocupações nem sensações de culpa. Sozinha, porque não gosto de fazer compras acompanhada.Tenho um ritmo muito diferente do das outras pessoas.
Cheia de sacos e com o Ego alimentado, sou raptada pelo Duarte, Rui e companhia, numa viagem pelos Miradouros de Lisboa, acabando no da Graça, a vermos o pôr do Sol.
Depois dá-me ânsias de Indiano, resolvo visitar o Restaurante Indiano preferido ao pé da Av. da Liberdade com o resto da malta.
O Sol já se foi, mas a noite não está fria...continua aquela sensação boa de temperatura ideal...que não chateeia...que nem nos lembramos da sua existência.
Invasão geral no Bairro Alto, e a acabar em grande no Lux.
E voltar para casa, de alma lavada, de Ego no auge, com aquele cansaço tããão bom...
Estou mesmo a precisar de um dia assim...

Ao senhor muito civilizado com quem me cruzei hoje na estrada

Esta semana tem sido um Inferno com a porra do trânsito...não sei porquê, nem o que se passa, mas nas manhãs desta semana tem estado tudo entupido...eu vou tentando escapulir por trajectos que sei que, embora vá dar uma volta muito maior, pelo menos não queimo o motor do carro (nem os meus nervos) no pára/arranca constante. Mas esta semana nem esses escaparam...as estradas mais desconhecidas, os desvios mais improváveis, tudo entupido com carros... e isso provoca-me a pior das sensações: impotência! Questões absurdas como "porque é que o meu carro não tem asas??" ou "porque é que este bando não ficou em casa a dormir", me assaltam a cabeça (lá está...os nervos a fritarem).
Hoje não foi excepção.
A IC19 até nem estava muito mal, eu até fiquei admirada, mas chegando a Pina Manique...tudo absolutamente parado!!! Coisa que ainda não me tinha acontecido!!! Não sei se foi acidente ou o quê, mas estava tudo parado e com sinais de que em 30 minutos eu consiguiria andar 50 metros.
Lá fui eu dar uma voltinha por Lisboa, saí para Sete Rios, depois enganei-me e fui parar à Prça de Espanha, enfim.
Tem sido assim o começo das minhas manhãs, e digamos que não é a melhor forma de começar o dia! E o inicio do dia para mim é muito importante.
Mas hoje então ainda foi pior.
Já com os fusíveis da minha cabeça a deitar fumo, consigo finalmente chegar ao Túnel da Av. João XXI, para ir até ao Areeiro.
Vou eu toda lampeira, a uma velocidade a qual eu estava orgulhosa por ser a primeira vez nesta manhã que o ponteiro lá chegava (uns 80 km/h) , na faixa do lado esquerdo, e na faixa do lado direito vai um Táxi, e atrás do dito uma carrinha Opel Astra (ou coisa que o valha) verde metalizada, com um número de telemóvel começado por 91, numa disfarçada tentativa de venda.
Assim que o meu carro , apesar de ir na faixa ao lado, fica a uns 3 metros do Opel, o seu cagalhão condutor, resolve, do nada, e sem sinal, e numa guinada digna de "Kit", atirar-se para cima de mim...ora não é preciso ser-se matemático para perceber o perigo da manobra!
Por acaso até ía de olhos postos na figura (como que instintivamente antecipando a sua idiotice), e consegui travar a fundo (felizmente não tinha ninguém atrás, senão nem quero imaginar) e reduzir para 4ª para ajudar, e quase que lhe toquei. Apanhei um valente susto, como devem imaginar, e apitei energicamente ao dito energúmeno, numa tentativa de o avisar que , ao contrário do que ele aparentava pensar, não estava sozinho na estrada.
Pois este exmplo de civismo e boa educação, não vai de modos, volta para faixa de onde tinha saído tão estupidamente, abranda para ficar ao meu lado, e ainda começa a a gritar com cara de mau e a gesticular. Não, não era um senhor idoso. Não era também uma mulher como muitos machistas já devem estar a pensar. Era um jovem promissor.
No meio dos seus gestos, tentou-me aliciar, levantando o seu dedinho do meio, de certeza a tentar me demonstrar o tamanho e expessura real do seu orgão reprodutor. Fi-lo ver que não estava interessada, mostrando que também eu tenho dedos na mão.
Agora eu pergunto-me...o que é que este senhor faz nas estradas deste país?
Lamentei não ter decorado o número de telefone do cagalhão. Gostaria de lhe explicar o que ele podía fazer com o seu dedinho e mais especificamente onde enfiá-lo.
Mas o que lamentei mesmo foi estarmos dentro de carros, num túnel, e em velocidade. Porque se tivesse a oportunidade de apanhar esse monte de merda na rua, mostrava-lhe que, além de ter dedos, tenho mão e bem pesada por sinal.
Meu caro merdoso, só espero que não aprenda da pior maneira que não anda sozinho ne estrada, nem que a estrada é só sua.

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Bairro do Oriente

Tenho à janela
uma velha cornucópia
cheia de alfazema
e orquídias da Etiópia

Tenho um transistor ao pé da cama
com sons de harpas e oboés
e cantigas de outras terras
que percorri de lés-a-lés

Tenho uma lamparina
que trouxe das arábias
para te amar à luz do azeite
num kamasutra de noites sábias

Tenho junto ao psyché
um grande cachimbo d'água
que sentados num canapé
fumámos ao cair da mágoa

Tenho um astrolábio
que me deram beduínos
para medir no firmamento
os teus olhos astralinos

Vem, vem à minha casa
rebolar na cama e no jardim
acender a ignomínia
e a má língua do código pasquim
que nos condena numa alínea
a ter sexo querubim

R.V.
num blog de um amigo meu, ele postou qualquer coisa como um apelo para que alguém aparecesse para acabar com a tristeza na vida dele, um alguém que ele não sabe quem é, mas pelo qual suspira.
Não resisti a responder-lhe.
E não resisti em postar aqui a minha resposta:

"só não te deixes apanhar pelo síndrome da "princesa perfeita"...aí é q ninguém te vem buscar...Vê o meu exemplo:criei de tal forma um personagem, ao qual chamo carinhosamente principe perfeito, e o qual não existe...precisamente porque as minhas exigências são homericas!já estou sentada à espera faz uns anos, e o meu ombro esquerdo começou a pender, e a pesar cada vez mais...já estou toda torta! Ou seja, daqui a pouco estou deitada, qual bela adormecida á espera do beijo do principe perfeito!Mas as estórias são estórias, e principes e princesas perfeitos não existem...e por isso continuo adormecida..."

sábado, fevereiro 18, 2006

Nunca me contrariem quando eu estiver com fome...
Ficarei muito irritada e vocês profundamente magoados comigo.
Sempre tive o que quero...
mas raramente o que precisava.
Foi assim que fui ficando menos definida,
enquanto os dias passavam,
numa visão abstracta de mim mesma.
Achei-me sozinha...
não agora, sempre estive,
porque nunca foste real...
Só um produto da minha mais perversa imaginação,
o qual criei apenas para me magoar...
...e resultou.

E agora tento quebrar a corrente
que me prende ao que poderíamos ser,
mas ainda te sinto dentro de mim...
e embora consiga escapar de vez em quando,
acabo por voltar sempre ao mesmo lugar,
ás mesmas correntes.

So preciso de perceber
que não existes, existo só eu.
Só te criei para me magoar.

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Para quem adoooooora jantar fora, resolvi fazer uma listinha de restaurantes, baseada na ACIME, para ajudar os indecisos.
De notar que não sou fã de comida portuguesa, e adoro comida de países estrangeiros...portanto, as cozinhas que vocês já conhecem, podem pesquisar aqui, as que não conhecerem e se forem, como eu, loucos por experiências novas, tomem coragem e venham conhecer! Ah, e não se esqueçam de me convidar,ehehehehehe!!!!

ANGOLANA:

A Moamba
Rua Fradesso da Silveira 75Tel: 213 630 310

Eu sei lá
Rua Bartolomeu Dias 69 BelémTel: 213 015 295

Mãe Preta
Rua Taipas 14Tel: 213 420 407

ARGENTINA:

La Paparrucha
Rua D. Pedro V 18-20Tel: 213 425 333

Las Brasitas
Rua da Artilharia 1, 51 - Pateo da Bagatela, Loja LTel: 213 862 670

Las Brasitas Docas
Doca Sto Amaro Armz 15Tel: 213 960 647

Siga la Vaca
Rua D. Estefânia 195 DTel: 213 122 592

CABOVERDIANA

Associação caboverdiana
Rua Duque de Palmela 28Tel: 213 531 932

Enclave
Rua Sol Rato 71 ATel: 213 888 738

Morabeza
Rua Portas de Santo Antão 110Tel: 213 470 900 Tlm: 963 293 424

CUBANA:

La Gloria Cubana
Rua João Oliveira Miguéis 48Tel: 213 955 977

EGÍPCIA:

Pirâmide
Cine 222 Avª Praia da Vitória 37 CaveTel: 213 161 241

GOESA:
Cantinho da Paz
Rua da Paz 4Tel: 213 901 963

Comida Goesa
Rua Machado dos Santos 259-B ParedeTel: 214 564 061

Goaki
Rua do Olival 119 LisboaTel: 213 965 339

Nau do Restelo
Rua dos Pedrouços 1ATel: 213 020 675

O Treco
Rua do Zaire 2ATel: 218 145 089

Sabores de Goa
Rua do Zaire 17 BTel: 218 129 144

Xanti - Goa Exótica
Calçada do Livramento 17 AlcântaraTel: 213 930 171

Zurai
Rua S. João da Mata 41 Santos-o-VelhoTel: 213 977 149

JAPONESA:

Assuka
Rua São Sebastião da Pedreira 150Tel: 213 149 345

Aya
Rua das Trinas 67 CampolideTel: 213 977 145

Bica do Sapato - Sushi bar
Av. Infante D. Henrique Armazém B Cais da Pedra Santa ApolóniaTel: 218 810 320

Kesushi
Rua Vieira da Silva 56Tel: 213 963 903

Samurai
Alameda das Linhas Torres (não sei o nº, procurem!!!!)

Midori
Hotel Penha Longa SintraTel: 219 249 011

Novo Bonsai
Rua da Rosa 248 Bairro AltoTel: 213 462 515

O Clube do Sushi
Rua de São Caetano 39Tel: 213 970 574

Oseki
Rua Vieira da Silva 66Tel: 213 908 174

MARROQUINA

Ali à Papa
Rua da Atalaia 95Tel: 213 474 143

Pedro das Arábias
Rua da Atalaia 70Tel: 213 468 494

MEXICANA:

Casa México
Av. D. Carlos I 140Tel: 213 965 500

MOÇAMBICANA:

A Taverna "O caldeiro"
Rua das Amoreiras 47Tel: 213 874 900

Imurtal
Rua do Murtal 222 São Pedro do EstorilTel: 214 670 967

Laurentina
Av. Conde Valbom 71Tel: 217 960 260

O cantinho do Aziz
Rua de São Lourenço 3/5Tel: 218 876 472

Zalala
Travessa Lagares 2 SocorroTel: 218 865 366

NEPALESA: (aiai...uma das minhas preferidas...)

Everest
Calçada GarciaTel: 218 874 28

Everest
Av. Brasil 130CTel: 218 473 195

Everest
Rua Ernesto da Silva 20 BTel: 214 113 532

Kathmandu
Rua Ponta Delgada 31 B/CTel: 213 522 576

NORTE AMERICANA:

Blues Café
Rua da Cintura do Porto Edifício 226 Docas de AlcântaraTel: 213 957 085

Crazy Nuts
Rua Artilharia I 26Tel: 213 883 088

Hard Rock Café
Av. da Liberdade 2Tel: 213 245 280

Outback Steakhouse
Rua Cintura do Porto de Lisboa Armazém 255 Ed. OutbackTel: 213 242 910

RUSSA:

Bolshoi
Rua Cruz dos Poiais 95 ATel: 213 908 480

Stanislav
Rua do Viveiro 203 Monte EstorilTel: 214 670 420

Tapadinha
Calçada da Tapada 41 A AlcântaraTel: 213 640 482

TAILANDESA:

Asiático
Rua Gilberto Rola 30Tel: 213 974 557

Bangkok
Rua da Bela Vista 6/8 CascaisTel: 214 847 600

Banthai
Rua J. Oliveira Migueis nº1 - Empreendimento Alcântara Rio

Banthai
Rua Fradesso da Silveira 2Tel: 213 621 184

Sawasdee
Beco Escorso 11 CascaisTel: 214 847 967

TIBETANA:

Os TibetanosRua do Salitre 117Tel: 213 142 038 (um dos meus restaurantes preferidos)

TURCA:

Döner King - Turkish Kebap HausRua do Trombeta nº 10 Bairro AltoTel: 213 422 507

BONS JANTARES!!!!
Pulei aquelas cozinhas que já todos conhecemos como a Chinesa, a Indiana, a Brasileira, a Italiana e a Espanhola...estes há quase em tudo o que é esquina!

quinta-feira, fevereiro 16, 2006



Aqui vão duas fotinhas do concerto dos Depeche Mode. Note-se que eu estava a uns 200 metros do palco, eheheheh....a qualidade não é a melhor.

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

É um dia triste...
Cinzento.
Sem luz.
Sem conforto.
Um dia que por mais que consuma,
não sacia.
Um dia frio.
Sem achar calor em nada.
Um dia que nem os sonhos me valem.

Dia que não te vejo não é dia...

domingo, fevereiro 12, 2006

Fim de semana pouco produtivo. Foi antes dedicado ao meu querido Sol e aos meus amigos.

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Surda

NÃO! Não te quero ouvir! Seja o que fôr, serão palavras mentirosas...
doces...
fúteis...
ilógicas...
iludentes...
voluptuosas...


e eu vou acreditar nelas mais do que acredito em mim.
(Tapo os ouvidos com as duas mãos...)

14 de Fevereiro

O dia 14 de Fevereiro é conhecido como o dia dos namorados.
Para mim será mais que isso. É o dia do Amor. E como no Amor não estão só incluídos os namorados, mas também a Família e a Amizade, é aos meus amigos que dedico este Post. Aos três do Quarteto Maravilha e aos outros poucos que, soltos, guardam um lugar bem especial e quentinho no meu coração.
Vou por isso fazer um post com citações de grandes figuras da literatura.


"A felicidade de um amigo deleita-nos. Enriquece-nos. Não nos tira nada. Caso a amizade sofra com isso, é porque não existe"
Autor: Cocteau , Jean

"Ter muitos amigos é não ter nenhum"
Autor: Aristóteles
(este é para os iludidos)

"Toda a gente é capaz de sentir os sofrimentos de um amigo. Ver com agrado os seus êxitos exige uma natureza muito delicada "
Autor: Wilde , Oscar

"Não há solidão mais triste do que a do homem sem amizades. A falta de amigos faz com que o mundo pareça um deserto"
Autor: Bacon , Francis

"Quando o meu amigo está infeliz, vou ao seu encontro; quando está feliz, espero por ele "
Autor: Amiel , Henri

"O amigo de toda a gente só é amigo de si próprio "
Autor: Aveline , Claude
(mais um para os iludidos)

Que os meus amigos, ao lerem este post, sintam um abraço meu, quente e reconfortante!

A Praia

Confiem em mim...
...É o Paraíso.
É aqui que os ávidos se alimentam.
Pois a minha geração circula pelo Globo à procura de algo que nunca experimentou antes.
Por isso, nunca recuses um convite.
Nunca resistas ao desconhecido.
Nunca falhes no civismo.
E nunca prolongues as "boas-vindas".
Mantém apenas a mente aberta e absorve a experiência.
E se doer...bem, ainda assim valerá a pena.

Nós desejamos, e nós sonhamos,
mas nunca acreditamos que algo nos vai acontecer,
não como nos filmes.
E quando isso acontece nós esperamos que seja mais visceral, mais real...
...Eu estava ansiosa por ser atingida.

Ainda acredito no Paraíso.
Mas pelo menos agora sei que não é um lugar que se possa procurar,
porque o que importa não é onde se está, mas sim o que se sente por um momento na vida.
E se encontrarmos esse momento...
...ele durará para sempre!

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Os pseudo-qualquercoisa.

Estou farta dos pseudo-qualquercoisa...e abundam por aí...ninguém é o que é na verdade. Toda a gente tem necessidade de mostrar aquilo que não é. Já não há pessoas...há pseudos-qualquercoisa. Ninguém diz o que sente...ou melhor, não é obrigatório dizer o que se sente, pode-se ficar em silêncio...manter segredo...mas os pseudo-qualquercoisa insistem em dizer aquilo que não sentem. Roubam sentimentos e frases bonitas a outros, mas sem saber o que realmente querem dizer.Mostram um invólucro que nada tem a ver com o conteúdo. Têm atitudes forçadas, calculadas, esquematizadas...acção / reacção...disso percebem os pseudo-qualquercoisa! E por isso não são o que são, mas o que os outros gostariam que fossem. São tristes seres. O ser genuíno é proibido...não podemos dizer isto senão magoamos fulano; não podemos fazer aquilo senão somos mal-vistos.
Não sei bem o que sou, mas digo o que penso, faço o que digo. Que se lixem as susceptibilidades! Claro que quem acaba por se lixar sou eu...

Ontem

Ontem fui ao Pavilhão Atlântico ver os Depeche Mode.
Foi uma loucura, a presença deles, especialmente do vocalista David Gahan, que acompanhou o espectáculo como deve ser: começou vestido (ahahahahah) e calmo, parado, agarrado ao microfone...de repente, ao fim de 3 ou 4 músicas, e quando o ritmo já estava aquecido, abriu o colete e mostrou a peitaça...o público foi ao rubro!
O ritmo foi ficando mais quente, os ecrãs começaram a mostrar mulheres nuas, e o David tira o colete e fica em tronco nu...pronto! O público entrou quase em histeria...eu ainda fiquei uns bons 7 minutos de boca aberta a olhar...questionava-me como um homem daquela idade (não que ele seja velho, mas não é nenhum adolescente!) tinha um corpo daqueles...que aliás dava para ver muito bem, uma vez que estava em tronco nu e com as clássicas calças pretas bem justinhas.
Fantástico!!! E sem excesso, não era bombado! Era definido, sem nenhuma flacidez!
Depois voltei á realidade...o ritmo a que estava a música,as luzes, os ecrãs, a energia do David que parecia estar possuído pelo Demo, tudo isso se entranhava na minha mente e corpo.
Ás tantas, atrás de mim, estavam dois fulanos. Um deles sabia as letras todas de cór. Estava mesmo atrás de mim, e cantou-as como se estivesse no palco. Ora isso já aconteceu antes e eu fiquei sempre incomodada, afinal paguei para ouvir os originais, e não um Wannabe desafinado.
Mas desta vez não...o fulano não só sabia as letras, como os tempos, as pausas, tudo...e apesar do timbre não ser igual ao do David, a verdade é que até cantava bem, e eu até gostei...e achei isso engraçado...ninguém gosta de ouvir os playbacks dos outros, eu eu também não mas desta vez até foi bom.
E pronto, foi um momento, ao qual tirei muitas fotografias que parecem montagens artísticas, ficaram até muito engraçadas, e só faltaram algumas das minhas músicas preferidas, como a "Stripped", "In your room", "Barrel of a gun", e a fantástica "Useless".

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Religion

1. Taoism : Shit happens.
2. Buddhism : Shit happening is an illusion.
3. Islam : Shit happening is the will of Allah.
4. Hinduism : This shit has happened before.
5. Catholicism : If shit happens, you deserve it.
6. Judaism : Why does shit always happen to us ?
7. Christian Science : If shit happens, pray and it will go away.
8. Protestantism : Let shit happen to someone else.
9. Atheism : Shit happens for no reason.
10. Agnosticism : Maybe shit happens, maybe it doesn't.
11. Hare Krishna : Shit happens, shit happens, shit happens, shit happens, shit happens.
12. Stoicism : Shit happens and I can take it.
13. Jehova's Witnesses : Let us in, and we will tell you why shit happens.
14. Rastafarianism : Let's smoke this shit, and see what happens.

Saudades

Tenho tantas saudades do sol...
de estar deitada na areia, sentir o seu calor na pele...
E adormecer assim, como um bebé embalado.
Do cheiro forte da maresia, que se entusiasma com o calor...
Do som da pressa da água num riacho...
do vento a pentear os campos.
De ver animais nas formas das nuvens...
Das noites quentes de lua cheia,
enorme, cor de fogo, ritmada pelo coro das cigarras,
que anuncia um dia maravilhoso!
Do cheiro das Mimosas aquecidas pelo sol!
Tenho saudades de me apaixonar!
De andar por aí com aquela expressão idiota na cara,
De quem está feliz, mesmo que o mundo desabe aos meus pés.
De ouvir a música com lembranças boas...
De sentir borboletas no meu estômago.
De sentir o coração aos pulos só com um leve toque.
Tenho saudades de viajar...ver coisas diferentes...
de absorver outras culturas...
Dos cheiros...dos sabores...
Das cores dos campos na Primavera...
E este inverno que não acaba...
que só me esfriou o coração...
" As mulheres são como os cornos das cabras: duras e tortas "

Agustina Bessa-Luis

(ihihihih)

A vida não chega

Dois lírios sobre a mesa
Uma janela aberta sobre o mar
Trago em mim a certeza
De quem espera p´lo teu voltar
Um cheirinho a café
Fotografias caídas pelo chão
E no ar uma canção
Traz-me uma recordação

Tenho um poema escrito
Guardado num lugar perto do mar
Tenho o olhar no infinito
E suspiro devagar
O tempo aqui parou
Desde que te foste embora
Só a saudade ficou
já não aguento tanta demora

Tenho tanto por dizer
Tanto por te contar
Que a vida não chega
Tenho o céu e tenho o mar
E tanto para te dar
Que a vida não chega

Tenho tanto por dizer
Tanto por te contar
Que a vida não chega
Tenho o céu e tenho o mar
E sei que vou te amar
Para a eternidade…

Viviane

Condemnation (Depeche Mode)

e porque eles vêm cá hoje ao Pavilhão Atlântico, e eu vou estar lá para os ver, aqui vai a magnífica letra de uma das minhas músicas preferidas.

Condemnation
Tried
Here on the stand
With the book in my hand
And truth on my side
Accusations
Lies
Hand me my sentence
I’ll show no repentance
I’ll suffer with pride
If for honesty
You want apologies
I don’t sympathize
If for kindness
You substitute blindness
Please open your eyes
Condemnation
Why
Because my duty
Was always to beauty
And that was my crime
Feel elation
High
To know I can trust this
Fix of injustice
Time after time
If you see purity
As immaturity
Well it’s no surprise
If for kindness
You substitute blindness
Please open your eyes

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Eu tenho uma estrela!!!!!!!

Tenho uma estrela, à qual dei o meu nome!!
Por mais palhaçada que isto seja, agrada-me a ideia de que existe uma estrelinha que foi por mim baptizada...

http://www.yourstar.com/star_lookup.php?star_id_1=98768&star_id_2=78

Eu segundo a leitura das cores da minha Aura...

Desculpem estar em inglês...mas também não tou com paciência para traduzir.


Violets are the inspirational visionaries, leaders and teachers who are here to help save the planet. Most Violets feel drawn to educate the masses, to inspire higher ideals, to improve the quality of life on the planet, or to help save people, animals and the environment.
All Violets have an inner sense that they are here to do something important, that their destiny is greater than that of the average person. Most Violets have felt this way since childhood. As children, many Violets imagined becoming famous, or traveling the planet, possibly joining humanitarian causes such the Peace Corp. Many of these charismatic personalities take on roles as leaders and teachers, while other Violets prefer to reach people through music, film or other art form.
Because this era is currently the "Violet Age," any Violets who are not accomplishing what they came here to do are experiencing an inner "push" — even an inner "earthquake." Inner forces seem to be shaking them up and pushing them to move into action, to fulfill their life purpose. Violets know they are here to do something significant. However, they aren't always sure what that something is or how to accomplish it.
Many Violets were taught as children that their dreams and aspirations were unrealistic, so they have lost touch with their original visions. It's important for Violets to reconnect with their life purpose and vision, and to take action. Otherwise they will always feel unfulfilled. They will always sense something is missing from their lives. Violets need to learn to slow down long enough to listen to their inner voice and to connect with their higher vision.

Fantasy, enchantment, dreams, myths, spiritual beings, angels, fairies are all concepts which fill the Lavenders’ mind. Lavenders tend to live in a fantasy world. They prefer to spend their time out of their bodies, where life is pretty and enchanting. It is challenging for these airy beings to live in three-dimensional reality.
Lavenders prefer imaginary pictures of the world, seeing butterflies, flowers and wood nymphs rather than dirt, concrete and large cities. Physical reality seems cold and harsh to them. These sensitive creatures are fragile and frail, and their physical appearance is often weak and pale.
Lavenders’ skin is often alabaster white because they don’t like being outdoors, unless it is to be gently surrounded by beautiful flowers and gardens. These child-like personalities are sensitive and simple. Lavenders would rather spend time watching clouds float by or daydreaming. They prefer to escape this reality with all of its demands and responsibilities.
The Lavenders behavior tends to frustrate others who may expect them to be dependable and responsible. Lavenders have no understanding of what it means to hold a responsible job or to earn money. They are more familiar with other dimensions and imagined realities.
Lavenders even have a difficult time relating to or connecting with the concepts of time, space and physical matter. They tend to experience events in their imaginations, but they are not usually grounded enough in physical reality to actually accomplish anything tangible.

ao outro...

"...não estou tão mal que te necessite, nem tão bem que te aguente..."

Para os bons garfos!

Para os bons garfos, aqui vai um presentinho muito útil...especialmente para quem como eu gosta de comida diferente!!!!


http://www.acime.gov.pt/saboresdomundo/livro.html
"Sguedno um etsduo da Uinvesriadde de Cmabgirde, a oderm das lertas nas pavralas não tem ipmortnacia qsuae nnhuema. O que ipmrtoa é que a prmiiera e a utlima lreta etsajem no lcoal cetro. De rseto, pdoe ler tduo sem gardnes dfiilcuddaes... Itso é prouqe o crebéro lê as pavralas cmoo um tdoo e nao lreta por lerta"

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Yasmîn

Na sexta feira passada, depois de um dia cansativo de trabalho, fui a um supermercado buscar umas coisas que me faziam mesmo falta (não fosse isso e ía era para casa descansar!).
Este supermercado tinha um parque de estacionamento.
Assim que paro o carro , estou eu entretida a desligar o rádio, quando ouço um "dedilhar" no vidro da minha janela.
Era ela.
Uma menina de 8 anos, que falava do lado de fora do carro, fazia "caretas", ria-se e batia levemente com as pontas dos dedos na janela do meu carro.
A primeira coisa que me passou pela cabeça foi raiva. Que coisa!!!! Aposto que os pais estão num canto qualquer a observar a miúda...e estão a usá-la exactamente por ser criança, numa de sensibilizar corações mais susceptíveis.
Eu não tinha moedas. Tinha uma nota de 20 euros. Acenei com a cabeça, ainda dentro do carro. Ela continuou na sua tentativa de chamar a atenção.
Saí do carro e disse: "eu não tenho moedas..." e ela respondia, com o seu sotaque estrangeiro "so una péquéninah".
"Não tenho!!!" insisti.
Ela insistiu. "Senhourah, eu não quere dinheiro, eu quer comer!"
Ah!!!Aí o caso muda de figura. E disse-lhe logo:
-"Ah é? Então olha, eu não tenho moedas mas vou lá dentro fazer umas compras e posso te trazer qualquer coisa para comer.Queres?"
-"Sim!"..."mas posso ir contigo?"
-"hum...mas vais-te portar bem??? Não vais fazer nenhuma asneira?"
-" não senhourah"
-" Então está bem, vem lá"
Ela nesse mesmo instante agarrou a minha mão...e se eu ainda tinha alguma defesa, desapareceu...apeteceu-me na hora levá-la para casa, enrolá-la num cobertor, e dar-lhe uma refeição quente.
Entrámos no supermercado.Fui primeiro buscar o que me fazia falta, e depois perguntei-lhe o que é que ela queria.Ela queria carne.
Durante a incursão pelo supermercado, ela ía falando, fazia-me perguntas, andava aos pulinhos...linda!!!Era a ternura em pessoa.
As pessoas ficavam a olhar para nós.Deixei-a escolher a carne.Meio quilo de carne de porco. Era óbvio que deveria ter uma familia algures faminta à espera de resultados do "trabalho" da miúda. Pensei logo: Ok...se é para ser uma refeição, que seja um pouco mais completa! Perguntei-lhe o que ela achava se levássemos um quilo de arroz.
-"Arroz?Ah, sim!"
-"Senhourah...e água? não ter água em casa..."
-"Ok"- respondi,- " vamos lá buscar água.
Ela carregava a carne, e eu um saco de 5 quilos de comida para o meu cão, e como entretanto até vontade de cozinhar eu já não tinha, uma Pizza congelada. Peguei nas 4 garrafas de água e começou a pizza a escorregar...ele rapidamente agarrou na pizza e disse "Eu levo para a senhourah!".
"Obrigado!"- Respondi-lhe.
Era Curda. Chamava-se Yasmîn.
Perguntei-lhe se ela conseguia carregar o saco com a carne, o arroz, e ainda as garrafas de água até casa,fosse onde fosse. Ela disse-me que tinha o irmão lá fora.Raiva outra vez! Pensei num inergumene de 20 anos encostado à parede, no escuro para não o verem, a fumar um cigarro.
Chegámos lá fora ela começou a chamá-lo. Era outra criança...devia ser um ano mais velho que ela.
Despedi-me dela, passei-lhe a mão pelo cabelo e fui-me embora sem olhar para trás...com medo...tristeza até...uma sensação de ter feito pouco.
Voltei lá no dia seguinte á tarde, munida de roupa quente que já não uso, camisolas, etc.
Mas a Yasmin já lá não estava.
Ficou a recordação da Yasmîn : loirinha, de cabelo apanhado, vestida com uns trapos maiores que ela e que, apesar da miséria, fome e tudo o mais que ela estaria a passar, tinha um sorriso lindo e uma boa-disposição que aquecia o coração mais frio.
Yasmîn.
«Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: Princípio e Fim!...»


Florbela Espanca

sábado, fevereiro 04, 2006

...É estar num auge
De não se sabe bem o quê
Cerrar os olhos em pausa
E ainda assim se vê.

Vê turbilhões de cores
Em movimentos de luz
Perder a noção do tempo
Por um Deus que me seduz.

E em movimentos subtis
Tactear o Paraíso
E sentindo tudo, delirando,
Minha boca traça um sorriso.

E são choque nos meus dedos
Ao te tocar, levemente
E subir aos céus...
...Esquecer tudo e toda a gente.

Mordo o lábio num reflexo
E de repente já não sou eu,
Perdi-me algures...
...Num labirinto que não é meu.

03.04

Onde as rosas bravas crescem

Onde as rosas bravas crescem
Passeámos outrora juntos
Onde as dores não se sentem,
Onde morrem os frívolos assuntos
Juntos ali brincámos
De doces e perfeitos amores
Juntos ali rezámos
Para que se acabassem as dores
Onde as rosas bravas crescem
Dançámos junto ao lago
Por aqueles que mantêm
No coração o ódio amargo
Onde as rosas bravas crescem
Jurámos para sempre nos amar
Onde no céu os pássaros pedem
Para em liberdade poder voar
Onde as rosas bravas crescem
No céu azul acreditámos
Onde os grandes amores ardem
Mais dois amores Juntámos.


23.10.95

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

"Cuida-te quando fazes chorar uma mulher, pois Deus conta as suas Lágrimas.A mulher foi feita da costela do homem. Não dos pés para ser pisada, nem da cabeça para ser superior, mas sim do lado para ser igual.... debaixo do braço para ser protegida e do lado do coração para ser amada".

Talmud

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Os homens e as mulheres

Quero primeiro que tudo, tentar moderar o que vou dizer.Não quero ferir susceptibilidades, cada um sabe o que vale (ou não).
Cabe por isso a cada um fazer uma pequena avaliação introespectiva, vocês senhores que lêem estas linhas com curiosidade.
Cabe também a vocês olhar à vossa volta com olhos de ver, de avaliar, de medir, de discernir.
Venho deixar palavras sobre a minha visão, um pouco a brincar, mas como dizia o outro "a brincar a brincar....".
Não venho falar da minha experiência nem da experiência de outros, mas do que observo no global (comigo incluida também, claro.)

Já devem ter ouvido falar na almofada que os líderes em invensões inúteis, os Japoneses, inventaram que tem a forma de um ombro masculino, com o bracinho para carinhosamente abraçar a companheira durante a noite e tudo (podem espreitar em www.armpillow.com).

Agora pensem nas bonecas insufláveis. Já existem bonecas insufláveis cujo material é practicamente idêntico, em termos de textura e maleabilidade, a um ser humano.

Agora...pensem nos avanços da robôtica. Onde esta vai chegar em poucos anos. Dêem largas à imaginação.
Agora juntem tudo.
Já estão assustados?
Eu trato disso.
Imaginem que os nipónicos(ou melhor, nipónicas) se lembram de inventar um boneco homem, com o(s) tamanho(s) em real, feitos do tal material idêntico ao de um ser humano, com a ajuda da robôtica;
Este novo brinquedo, poderia ser programado antecipadamente para abrir a boca apenas para dizer o que a sua feliz proprietária desejasse.E para fazer também o que ela quisesse,eheheh.
Ao mesmo tempo este brinquedo, que não necessitaria de ser alimentado a não ser a corrente eléctrica, estaria programado para cozinhar, lavar loiça, aspirar casa, limpar retretes (dos pingos da proprietária, por sinal, visto que este não possuiria necessidades fisiológicas!!!),arrumar a casa, passar roupa a ferro, tomar conta de crianças, trabalhar que nem um doido para ao fim do mês levar um bom ordenado para casa, para ajudar com os (imprescindíveis) gastos da mulher, e no fim de isto tudo, dar as boas vindas á sua "dona", quando esta chegasse a casa, com um largo sorriso, um abraço caloroso, e uma beijoca "daquelas".
Claro que, este "boneco" nunca trairia a sua proprietária, a não ser que viesse com defeito de fabrico, mas sendo assim também podia-se reclamar e trocar por um novo.
Imaginem agora os modelos disponíveis no mercado: o modelo "Brad pitt"... o modelo "Jude law"...enfim, ao gosto da freguesa.
Agora imaginem que esta invenção realmente aparece no mercado nos próximos anos...
Se alrgarmos a nossa imaginação, podemos ter uma visão tipo "Mad Max feminina":
Rapidamente os "machos" deste mundo entrariam em extinção, visto a sua única utilidade ser a de reprodução (um robô ser capaz de fecundar uma humana será pedir demais...).
Seriam criados campos de reprodução. Só aí existiriam humanos, do sexo masculino.
Por esta altura, os senhores já devem estar assustados.
O que acham?
Acham que as mulheres deste mundo comprariam um exemplar cibernético destes?
Não?
Pois eu como mulher não tenho dúvidas que sim.
Acham que, a mulher que todos os dias apanha do marido, não compraria?
E a mulher que todos os dias tem de aturar o marido bêbado?
E a que tem um inútil que chega a casa, senta-se no sofá a ver o futebol, e ainda "caga" sentenças?
E a mulher cujo marido raramente aparece em casa, a não ser para lavar a roupa que ainda por cima vem manchada de batôn de outra mulher?
Ou aquela que trabalha, cuida da casa, dos filhos, e ainda tem de cuidar do marido como este fosse mais um filho que cresceu até aos dois anos e aí ficou?
E aquela que é ainda solteira, porque não está para nada disto?
Acham que não compraria um "Brad Pitt" multifunções?
Desenganem-se.

Esta realidade, por mais absurda que pareça, e mesmo sendo apenas um produto da minha imaginação mais sádica, não está tão longe quanto isso.
Por isso...
Olhem à vossa volta...mas com olhos de ver, de sentir, de analisar.
Pensem bem no vosso papel.
E mais do que isso...
...lembrem-se da importância e da falta que vos faz a mulher.
No que seria a vossa vida sem elas.

Que cada um enfie (ou não) a sua carapuça.

Definição de Amor

Trocam-se olhares cúmplices.
Dão-se e largam-se as mãos.
Logo se desfazem os beijos mal começamos a dá-los.
Rasgamos abraços e eu digo:
- Podias ser um assassino...- e depois murmuro-te ao ouvido,
muito baixinho: - mas sem ti, não acredito em mim.
O amor é uma merda, digo eu, e depois arrependo-me.
Fraca perfeição a da Natureza.
Uma bela ideia com lapsos pensei, e sorri.

*adaptado de excertos soltos de M.E.C.

Five Years

Pushing thru the market square,so many mothers sighing...
news had just come over, we had five years left to cry in.
News guy wept and told us, earth was really dying,
cried so much his face was wet, then i knew he was not lying.
I heard telephones, opera house, favorite melodies,
i saw boys, toys, electric irons and t.v.'s,
my brain hurt like a warehouse,it had no room to spare,
i had to cram so many things to store everything in there:
and all the fat-skinny people, and all the tall-short people!
And all the nobody people, and all the somebody people...
...i never thought i'd need so many people...

A girl my age went off her head,hit some tiny children,
if the black hadn´t a-pulled her off, i think she would have killed them.
A soldier with a broken arm, fixed his stare to the wheels of a cadillac.
A cop knelt and kissed the feet of a priest, and a queer threw up at the sight of that.

I think i saw you in an ice-cream parlour,drinking milk shakes cold and long,
smiling and waving and looking so fine,
don't think you knew you were in this song.
And it was cold, and it rained, so i felt like an actress,
and i thought of Ma and i wanted to get back there!
Your face! Your race! The way that you talk!
I kiss you, you're beautifull, i want you to walk!

We've got five years, stuck on my eyes...
Five years, what a surprise!
We've got five years, my brain hurts a lot,
five years,that´s all we've got!!!


D.B.

O Inicio

Toda a gente tem um Blog.
E até ontem eu não tinha.
Visitei "n" Blogs de "n" pessoas, e a única coisa que eu pensava era "Giro...".
Nunca mais pensei nisso...aborrecia-me quando amigos meus me pediam para eu ver o blog deles.
"Que seca!", pensava eu...nem tenho muito tempo.
E talvez por isso nunca tenha criado o meu blog. Para quê? Se fôr para criar quero que o leeiam. Não quero perder tempo a expôr-me para ninguém ver.
Até que hoje de manhã visitei dois Blogs...e percebi que eu andava era a perder tempo, e cabeça, e raciocínios, e tanto mais até agora, por não ter um blog (aos três autores desse mesmo blog,desde já muito obrigado!).
Se não o lerem, que se lixe. Leio-o eu porra!
Sempre gostei de escrever...
Sempre deixei muito por dizer...
Sempre gostei de dissertar, nem que seja sobre as coisas mais absurdas...
Sempre gostei de questionar, de estudar, de desabafar, de analisar, de criticar...
E ser criticada!

Benvindos ao meu Blog!