Depois de quase um ano de ausência, voltei.
Foram tempos conturbados.
Aconteceu-me quase tudo este Inverno... não sei porquê, mas é no Inverno que me acontecem as piores coisas... eu já detesto o clima de Inverno, com estas merdas todas...ODEIO O INVERNO!
Costumo até me comparar aos Ursos... por mim, hibernava no Inverno e só aparecia na Primavera. E de certo modo é o que faço... quase não saio de casa, e não tenho vontade nem disposição para fazer praticamente casa... quer dizer, pelo menos que envolva sair de casa para o frio, claro.
Mas voltando a este malfadado Inverno.
O meu trabalho na produção da série acabou em Novembro, portanto até lá foi mesmo tudo falta de tempo.
Tudo começou por volta do Natal... o meu namorado (o tantas vezes aqui referido como príncipe encantado) deu-me uma chapada monumental na cara, isto no sentido figurativo claro, ai de alguém que sequer me levante a mão. Ou seja, tive uma desilusão de todo o tamanho. Mas, como conseguia mais ou menos entender, lá deixei andar.
Mas mesmo assim, as coisas ficaram tremidas desde então, pelo menos da minha parte.
Depois, o merdonço do meu carro deu o berro, o arranjo dava para comprar 3 carros iguais. Porreiro. Vou andar a pé e de comboio, na linha de Sintra, que digamos que é uma coisa que desperta os meus instintos assassinos por mais ínfimos que sejam.
Entretanto, como a merda da minha casa não se vende nem por nada (sim, ainda a tentar vender a casa...), e farta de estar naquele buraco sozinha longe de amigos e família, fui morar temporariamente para Colares para a Quinta de uns tios meus, a convite deles. Sempre deu para me animar, afinal nesta casa estão os meus tios e mais 4 primos, e ainda 3 cães mais o meu Tim.
O Tim então está no Paraíso!!! Passa os dias a correr e a brincar.
O meu tio que é barra em negócios e ninguém lhe consegue dizer que não, conseguiu trocar o carro merdonço por um que andava, até porque "o tipo estava-me a dever umas massas e tal e assim a coisa ficou resolvida."
Era um Citroen ZX aurea, super estimadinho. Fiquei tão contente!! E estava a adorar o carro, até que... numa noite de Fevereiro, a vir de Lisboa para Colares à noite, com chuva, perdi o controlo do carro a seguir a uma curva, não sei como, o carro fez um peão, na estrada, bateu de traseira contra um poste da EDP que estava à beira da estrada, daqueles de betão, com tal violência, que partiu o poste ao meio, e de seguida o carro foi a capotar por uma ribanceira a baixo, ficando a meio do caminho preso por uma árvore e pelo poste que caíu entretanto, em cheio na traseira do carro, com os cabos todos a ser arrancados e largar faíscas por todo o lado.
Agora, depois desta descrição do meu acidente, vocês acreditam que eu tenha saído de dentro do carro pelos meus pés? Não? As pessoas que vinham atrás do meu carro também não.
Certo é que, no meio disto tudo várias coisas me podiam ter tirado a vida, como ter batido de frente no poste em vez de bater por trás, não levar o cinto posto (o que seria uma tremenda estúpidez), ou o poste cair em cima de mim em vez de cair em cima da traseira, ou haver uma fuga de gasolina e com as faíscas dos cabos o carro ter-se incendiado.No entanto, nem um arranhão, só um pescoço e braços doridos.
Mas fiquei, mais uma vez e no espaço de um mês, sem carro.
Ainda estava a recuperar (emocionalmente) do acidente quando o meu cão, que eu adoro quase como um filho que ainda não tenho, teve uma crise e foi internado. Diagnóstico: Insuficiência renal. Causa: Leishmaniose, da mais grave. Sobreviveu, mas a Leishmaniose não tem cura e a estimativa de quanto tempo ele vai viver é incerta... até lá, andamos num jogo de gato e rato, porque o tratamento para a Leishmaniose é altamente agressivo para os rins, e se os rins deixarem de funcionar (porque a Leishmaniose vai destruindo orgãos internos), ele morre.
Ainda hoje anda em tratamento e os custos do Vet já vão em aproximadamente 1000 euros.
Quase ao mesmo tempo, aconteceu o pior de tudo. Não vou contar ao pormenor, porque simplesmente não quero. Mais uma vez levei umas bofetadas, de novo do meu namorado e da vida, que foi a que doeu mais e vai doer sempre- tenho em mim a marca que vai comigo para a cova. Tive o meu sonho nas minhas mãos e tive de o largar, por motivos que não interessam nem à caca que flutua nos esgotos.
E com tudo isto fui me lembrando deste blog, que para aqui estava ao abandono, mas não estava minimamente preparada para me manifestar seja de que forma.
Agora, aos poucos, vou regressando, começando por partilhar convosco um vídeo/música que adoro, e que se vocês ainda não viram, vejam... vale mesmo a pena.
Aos que ainda foram dando uma espreitadela este blog, peço desculpa pela tão longa ausência.