domingo, setembro 09, 2007

Desdenhosa

Ainda que a minha vida seja cheia de sombras,
Não necessito amar, não necessito
Eu compreendo que amar é uma pena
E que uma pena de amor é infinita.

E não necessito amar-tenho vergonha
De voltar a querer o que me foi querido
Toda a repetição é uma ofensa
e toda a sua expressão é esquecimento

Desdenhosa, semelhante aos Deuses,
Eu seguirei lutando pela minha sorte
Sem escutar as espantadas vozes
Dos envenenados pela morte

Não necessito amar-absurdo foi
repetirei o sermão da montanha
Por isso tenho de levar até que morra
Todo o ódio imortal que me acompanha.

*Desdeñosa - Lhasa de Sela

2 comentários:

ricardo disse...

:)
*

Anónimo disse...

ve se n te tornas amarga e se rapidamente voltas a acreditar no amor.
Teresa