quinta-feira, março 30, 2006

Tenho me questionado frequentemente sobre a ilusão que cada um de nós tem da nossa imagem.
Porque basicamente conhecemos-nos a nós próprios pelo que sentimos e pensamos e isso geralmente está oculto aos olhos de quem nos rodeia.
Em contrapartida, para quem nos rodeia, nós somos as nossas acções, as nossas atitudes.
Eu penso que sei o que sou através do que sinto e penso. No entanto sou duas pessoas: uma é aquela com quem convivo 24 horas por dia, a outra aquela que convive com várias pessoas ao longo do dia.
Daí que quanto maior a confiança que temos em alguém, mais esse alguém vai aprendendo sobre nós.
Apercebi-me disso porque ás tantas questionei-me se será que alguma vez amei alguém verdadeiramente.
Para já porque cada um encara o amor à sua maneira; além disso o amor que dei de certeza que não terá sido o mesmo que o “objecto amado” recebeu…até lá chegar, á cabecinha e ao coração dele, sofre variadas mutações…não sei se me estou a explicar bem.
Por exemplo: tenho uma amizade de 15 anos com duas pessoas. A partilha, a preocupação, o entendimento, a confiança, o interesse, e tantos outros sentimentos, têm proporções completamente distintas em comparação com outras pessoas, que passaram ou até permanecem na minha vida, mas não há tento tempo.
Não terá existido ainda NINGUÉM (fora a estas duas amizades de quinze anos e a família, claro), por quem eu me preocupe tanto. Que eu ouça com atenção verdadeira, com interesse genuíno. Que eu entenda e respeite, seja qual for, a sua acção. Que eu saiba claramente que conselho dar. Que eu saiba quando precisa de ajuda e quando ajudar. Que eu não condene, e que simplesmente aprecie tanto as alegrias quanto chore as tristezas.
Isso sim, é amor. Verdadeiro.
Quinze anos…foi precisa uma evolução contínua na amizade para deixar o amor de alguém me atingir…e em consequência deixar o meu amor chegar a alguém.
Tanto tempo!!
Por isso… penso que me devo ter apaixonado umas quantas vezes na vida…mas amar, cada vez tenho mais dúvidas!

Para vocês do Quarteto Maravilha!

3 comentários:

João disse...

A cumplicidade provém da compatibilidade e dessas coisas todas que referes, mas também da convivência...

Anónimo disse...

Talvez seja genetico...mas identifico-me tanto!
Beijinhos

Anónimo disse...

Pois é, não é só uma meia dúzia de dias que se passa amar, adorar, apaixonar, gostar e venerar a pessoa sim,mas para mim há varios tipos de amor e tudo é discutivel,quero com isto dizer que ás vezes depende da dimensão, digamos da proporção, ahhhhh da intensidade das coisas, da relação, mas mais vale poucos amigos e bons do muitos e não tão bons! mas também há aqueles que podemos estar muito tempo sem falar, mas quando precisamos seja a que horas for, estão sempre de braços abertos e nós para eles!
beijinhos lu opá miga kida adoro o teu blogggg é uma deliciaaaaa,sinto carinho por este teu espaço!